Você quer parar de fumar?

Fumar é um hábito complicado: é caro, faz inúmeros males à saúde de quem fuma – e de quem fica perto – e deixa inúmeros vestígios no corpo como cheiros fortes, manchas nos dedos e unhas, etc. Mesmo assim, muitas pessoas têm esse hábito, não se importam com esses riscos e não demonstram desejo de parar.

Ainda assim (e ainda bem) muitas pessoas tentam parar de fumar; algumas assumem os malefícios do fumo, outras entendem os riscos que o hábito traz, outras passam por uma experiência ruim que as incentiva – ou obriga – a tentar abandonar o hábito. O erro da grande maioria destas pessoas é tentar abandonar o fumo confiando apenas na força de vontade para conseguir a meta. Estatisticamente, fazendo assim, mais da metade dos que tentam parar com o vício voltam a fumar pouco tempo depois.

Claro que força de vontade e persistência são fundamentais, mas sozinhas, sem o devido acompanhamento ou auxílio terapêutico (médico ou psicológico) elas podem não ajudar tanto quanto alguns dizem ou até atrapalham, já que a frustração por não conseguir sozinho pode gerar sentimento de fraqueza, incompetência, ansiedade e constantemente desestimulam as pessoas a tentar parar novamente.

Quando se trata do tabagismo é importante tratar as razões pelas quais a pessoa fuma e seguir o tratamento a partir daí; uso como exemplo uma colega, tabagista crônica, que contou certa vez que seu maior incentivo para fumar era o charme que o o hábito traz. Confrontada sobre o revés desse charme – mau cheiro, mau hálito, pele ressecada, dentes amarelos – ela até tentou argumentar e dizer que tinha técnicas pra fugir disso – uso de perfumes, hidratantes, chicletes – mas confessou mais tarde que essa conversa foi o ponto de partida para procurar um acompanhamento adequado e conseguir abandonar o vício.

Não adianta apenas deixar o cigarro em cima da geladeira e repetir mantras de auto-afirmação pensando que isso facilitará o processo; é preciso acompanhamento adequado, esclarecimento e entendimento das dificuldades do abandono, senão as dificuldades podem ser maiores que a força de vontade e a pessoa pode ter uma recaída. O acompanhamento é importante até para planejar qual será o melhor tratamento para ajudar a pessoa nesse momento: se psicoterapêutico, médico ou misto. Há casos em que remédios são receitados para ajudar, em outros o auxílio terapêutico é suficiente.

Quer parar de fumar? Procure ajuda antes, consulte um psicólogo, médico ou procure um grupo de apoio.

Não faça essa caminhada sozinho, procure alguém que te ajude a continuar e não voltar atrás.

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