Hoje de manhã recebi a visita de um amigo em minha casa. Como de costume quando ele decidiu ir embora ficamos um tempo conversando no portão até que lá pelas tantas ele olhou para o terreno baldio ao lado da minha casa e, percebendo que estava infestado de pés de mostarda me perguntou se podia levar alguns.
– “Marcelo, isso refogado, com angu e frango fica uma delícia. Vou até levar uma raiz pra ver se planto na minha horta.” – Ele disse com uma expressão feliz e completou: – “Ai eu chamo minha esposa e tomo uma cerveja com ela enquanto descanso.”
Nunca tinha reparado naqueles pés de mostarda, mas ele reparou e ficou feliz com aquilo.
A felicidade é um pé de mostarda. Não necessariamente o pé de mostarda: mas é algo que conseguimos fazer e que nos movimenta a fazer outras coisas pra ficarmos mais satisfeitos ainda. É você apanhar as folhas da mostarda, fazer algo gostoso com elas, chamar alguém pra dividir com você – pois a felicidade sozinha não tem muito sentido, – descansar no fim e, sabendo que apesar de satisfeito naquela hora pode querer mais semana que vem, plantar a mostarda na horta. Nada por si só consegue nos fazer felizes, qualquer coisa precisa de algo além pra nos satisfazer; igual a mostarda que precisa ser refogada, do angu, do frango, da cerveja e de companhia pra comer junto e descansar.
Você pode até não gostar de mostarda, mas tenho certeza que gosta de outras coisas e de companhia pra fazer essas coisas. Por isso deve estar sempre à procura de algo pra se satisfazer. A felicidade em si é se movimentar, é sempre procurar algo melhor do que temos nas mãos e partilhar aquilo com alguém.
E qual é o seu pé de mostarda?
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